Entrevistas e dinâmicas em grupo

Participar efetivamente de diversos processos seletivos é uma tarefa árdua, porém necessária para quem pretende conquistar uma boa recolocação profissional no mercado.

É muito comum você perder a motivação quando parece não haver mais avanços nos processos seletivos com o passar do tempo. As respostas de contato diminuem, o número de convocações, entrevistas para os processos de seleção e dinâmicas escasseia e, para as vagas encontradas, você já enviou seu currículo. Isso ocorre sem nenhuma justificativa concreta, mesmo quando você acredita realizar todos os passos corretamente.

Ao contrário do que a maioria das pessoas imagina, ter um bom currículo, recomendações e apresentação pessoal adequadas, não são, isoladamente, requisitos para garantir o sucesso nos processos seletivos. A desenvoltura comportamental do candidato perante o recrutador é um ponto crucial.

Sabendo que um bom redirecionamento profissional permite encontrar a solução e obter os resultados desejados, identificamos nove pontos relevantes que podem prejudicar o avanço de um processo seletivo:

1). Falta de preparo para as entrevistas: geralmente, o primeiro ponto para um desempenho ruim nos processos de seleção está relacionado à falta de preparo dos candidatos. Mostrar-se incoerente ou vago durante uma entrevista, deixa uma impressão de despreparo ao recrutador. É necessário que você esteja bem estruturado e com o planejamento certo sobre o que falar e de como se vender adequadamente. Desta forma, evitam-se contradições em relação às informações do seu currículo e de um discurso impreciso. Saber se “vender” é primordial para o sucesso de um processo seletivo.

2). Evite atrasos: atrasar-se logo no primeiro contato com o entrevistador deixa uma imagem negativa na avaliação do candidato. Caso ocorram pequenos atrasos, desde que previamente avisados e justificados, não se esqueça de desculpar-se para não perder pontos logo de início.

3). Energia pessoal: pode parecer que não, mas a sua energia pessoal faz toda a diferença no processo seletivo e é transmitida ao entrevistador. É muito importante que durante a fase dos processos seletivos você concilie o seu bem-estar pessoal com atividades pessoais / hobbies que lhe proporcionem equilíbrio. Estas ações refletem em inteligência emocional. Lembre-se que, estar bem com você mesmo é fundamental para receber as oportunidades em qualquer área e etapa de sua vida.

4). Criticar o emprego anterior e / ou contar vantagens: para não desperdiçar sua nova oportunidade de emprego é preciso que as informações sobre suas experiências profissionais anteriores se restrinjam às curriculares. Criticar o emprego anterior pode ser visto como ingratidão pelo entrevistador e, leva-o a pensar, inclusive, que você pode fazer isso com qualquer empresa que venha a trabalhar. Contar vantagens em demasia sobre suas “realizações” nos empregos anteriores também pode ser visto de forma negativa. Transmite uma imagem de arrogância ou de alguém que desvaloriza o trabalho em equipe, e isso não nada bom. Mantenha-se na medida e em equilíbrio sem muito mais ou muito menos, apenas com a imagem de autoconfiança.

5). Imagem pessoal inadequada: uma boa imagem pessoal, profissional e social requer postura do candidato e sim, faz parte do seu processo seletivo. Gesticular demais, ser indelicado, inoportuno, exagerado, engraçado em horas impróprias, interromper o entrevistador, falar e portar-se errado, são exemplos simples e claros do que não fazer na hora de uma entrevista, pois podem comprometer a sua imagem pessoal. Além disso, o vestuário também é um ponto importante e integra a imagem “vendedora” do candidato. Uma dica é observar o dressing code do potencial empregador antes da entrevista e, para não errar, aposte sempre na neutralidade do visual. Neste momento, pecar pelo excesso não é a regra mais adequada. Lembre-se que a construção da imagem pessoal faz parte de um processo de autoconhecimento e que o primeiro contato é muito importante.

6). Falta de noção salarial: é muito importante que o candidato tenha noção da sua pretensão salarial e do raciocínio lógico que o fez mensurar tal valor-base de remuneração. Assim, quando questionado pelo entrevistador, saiba justificá-lo coerentemente. Ter esta noção evita a impressão de que a pretensão foi estimada de forma aleatória ou infundada e com o mero intuito de “levar vantagem”.

7). Capacidade de questionar o recrutador: obviamente, não estamos nos referindo sobre pressionar o recrutador ou questionar pontos que já estavam esclarecidos no escopo de apresentação da vaga e / ou durante a entrevista. Esse tipo de postura representa insegurança e ansiedade do candidato. Entretanto, perguntas pertinentes sobre a vaga e a empresa indicam interesse do candidato e são bem vistas. Lembre-se de “estudar” a empresa antes da entrevista, isso conta pontos a seu favor.

8). O corpo também fala: verdade seja dita, não é somente o que você fala que é considerado pelo entrevistador. O seu corpo também fala por você durante a entrevista; a linguagem corporal é muito vasta. Uma dica dos especialistas é que o candidato deve gesticular moderadamente enquanto interage com o recrutador.

9). Invista em autoconhecimento: não me canso de falar sobre o tamanho da importância do autoconhecimento em qualquer área da sua vida. Saber exatamente quem se é, o que exatamente almeja, quais são seus objetivos, em que posição pretende chegar, representa um benefício e tanto para encontrar o sentido da sua vida como um todo. O autoconhecimento possibilita fazer escolhas conscientes, trazer percepções exatas e ter a segurança para se portar em diversas situações, principalmente em sua carreira.

Tenha em mente que você conseguirá e não se desmotive, pois o primeiro passo já foi dado: identificar e solucionar os pontos que estão prejudicando o seu avanço nos processos seletivos.

Valorize o profissional que é e siga em frente. Acredite, já deu certo!

Um abraço para todos.

Paula Dias | Coach de Carreira e Vida.